domingo, 27 de janeiro de 2013

Que a dor é menor do que parece


Eu não conseguia dormir... Eu não tinha sono... Eu não conseguia parar de pensar em você.
De tanto não dormir me desacostumei, não lembrava mais como era dormir de forma branda. Eu não dormia mais, as vezes, só as vezes, eu apagava.
Quando se dorme angustiado o sono é uma tortura, os sonhos não passam de algozes sádicos e o despertar é só a certeza de que nada mudou.
Tem que partir de você, é o que sempre me dizem, mas nunca lembram de que somos completamente dependentes de infinitas coisas, de infinitas pessoas. É muito fácil falar, eu sei que é, eu sempre falo também.
Vem, vem dar conta no meu lugar, sinta as minhas dores, enfrente os meus monstros, supere os meus traumas e vença os meus monstros, vem, faz isso, depois me conta se eu estou assim tão mal, se sou assim tão fraco.
As vezes não da pra saber se a vida é mesmo assim ou se realmente tem alguém te sacaneando. Todo mundo tem problemas. Foda-se! Eu falo dos meus, aqueles que me atormentam desde o dia em que fui abruptamente jogado nesse mundo. Problemas grandes e pequenos, mas sempre problemas, sempre falta de paz, sempre preocupações.
Ficar alegre é a tortura maior, pois é efêmero, é pouco e te faz lembrar a dor com certa distância, até que volte com mais força, como estava alegre, você não estava mais preparado para ela. É isso que a alegria te faz, ela te desarma, te distrai, te tira o foco, para que quando o sofrimento vir ele te pegue em cheio e te derrube em sobressalto.
Só resta a falsa estabilidade da inércia que chamo de sobreviver!
Que porra, eu odeio essa parte!!

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